Dicas para uma boa pintura a pistola
Este artigo cita
alguns problemas encontrados na seção de pintura e que sendo solucionados
melhorariam consideravelmente a qualidade do trabalho e o acabamento. Às vezes,
são detalhes tão simples que chegam a passar desapercebidos. Outros são
importantes e todos sabem disso, mas a correria do dia a dia, aliada a um certo
despreparo em sua solução, acabam provocando transtornos e problemas. Se esses
detalhes tivessem sido observados e corrigidos, o trabalho na seção de Pintura
fluiria com mais tranqüilidade e qualidade.
Principais problemas
encontrados:
Normalmente, são
desprezadas algumas regras básicas e relativamente simples, o que dificulta o
trabalho na seção de pintura. Seguem alguns exemplos:
- Manômetros das
Linhas de ar quebrados;
- Excesso de poeira;
- Iluminação
deficiente;
- Falta de filtros
na linha de ar comprimido;
- Mangueiras e ou
tubulações de ar comprimido mal posicionadas e ou dimensionados;
- Peças pintadas
sobre cavaletes com resíduos;
- Sujeira nos
equipamentos.
Recomendações:
A) Área de pintura
A área de pintura
deve ser limpa, isenta de poeira e outros contaminantes. Deve também, possuir
um fluxo direcionado de ar (exaustor) a fim de retirar do ambiente todos os
vapores de solventes,assim como o resíduo da tinta pulverizada. O espaço deve
ser apropriado para livre movimentação do pintor e da peça. A área deve
permitir um fluxo fácil para evitar a excessiva movimentação de peças dentro do
setor.
B) Linha de ar
comprimido
A linha de ar
comprimido deve possuir uma leve inclinação, na direção de um dreno ou
purgador. O filtro com regulador de pressão, que serve para remover a umidade e
indicar através do manômetro a pressão regulada desejada, deve ser instalado
próximo ao operador para facilitar a leitura, e pelo menos a 7 metros do
compressor. A tomada de ar deve ser feita por cima da linha principal, para
evitar que a umidade sobrecarregue os filtros de ar. No caso do use de 2
compressores, eles devem ser ligados numa mesma linha.
C) Iluminação
Uma perfeita
iluminação é necessária e recomendável o uso de lâmpadas fluorescentes as quais
devem ser limpas e ou substituídas quando deficientes.
D) Mesa Giratória
Para evitar a
movimentação excessiva do operador em volta da peça que está sendo pintada,
envernizada e ou pulverizada , recomenda-se colocar uma mesa giratória para
permitir a execução da operação em menos tempo e com mais facilidade, porém,
mantendo-a sempre limpa.
E) Lixamento
Os seladores e
vernizes quando aplicados sobre a madeira por exemplo, tornam os defeitos mais
evidentes; portanto, é de grande importância que a preparação da superfície
seja bem executada, usando-se procedimentos corretos e grana adequada de lixa.
Na pintura automotiva, a mesma se faz necessária para correções de superfícies
e remoções de materiais, tais como: Massa plástica, massa rápida, tintas,
vernizes etc… Existem tintas e vernizes com alta e baixa viscosidade. Os
produtos de alta viscosidade exigem uma diluição , maior e, em conseqüência , o
diluente utilizado deve ser adequado e balanceado ao tipo de tinta ou verniz.
Os produtos de baixa viscosidade não exigem solvente para deixa-los na
viscosidade de aplicação.
F) Técnicas em
acabamento por pulverização
A operação eficiente
de um setor de pintura consiste no use de controles apropriados e num método
adequado de pulverização. Um dos requisitos mais importantes relativo à
eficiência, é a economia. Para detectar a ineficiência da operação de
acabamento, deve-se conhecer o efeito das técnicas impróprias de aplicação,
tais como: pressões excessivas e filtros deficientes. É muito comum um pintor
trabalhar com mais de 50% de superposição de camada aplicada numa passada da
pistola. Isso toma a operação fatigante e a produção lenta sem contar com a
perda de material. Quando o manuseio da pistola é efetuado com muita rapidez,
muitas passadas são necessárias para obter uma camada de acabamento de
espessura desejada além de dificultar o controle. As perdas de material de
acabamento também têm relação com a distância que a pistola é mantida em
relação à superfície aplicada. Quando esta distância é muito pequena, o filme
formado tende a escorrer, mas se for grande, há uma forte tendência para a
formação de névoa e acabamento áspero. A pressão de ar recomendada deve ser a
mínima necessária para permitir o fluxo adequado de material. Nunca deve ser
usada para corrigir a velocidade do fluído ou compensar a falta de diluente no
produto aplicado. A falta de controle é responsável pela maioria das falhas
técnicas que ocorrem na pintura. Embora a manutenção e cuidados especiais
referentes aos equipamentos não sejam considerados como controle, suas
variações afetam o resultado final do acabamento. Portanto, é indispensável
manter os equipamentos em ótimas condições, se for desejada a obtenção de um
acabamento de boa qualidade e nível constante.
Os princípios básicos de uma boa
técnica de aplicação são relativamente simples e resultarão em aumento de
produção, maior economia de produto, com um excelente acabamento final.
São eles:
1°) Cada passada de
pistola, deve sobrepor em 50% a faixa de camada anteriormente aplicada.
2°) A posição
correta de manejo da pistola é mantê-la a uma distância de 15 a 25 cm entre o
bico da pistola e a superfície a ser coberta.
3°) O movimento da
pistola deve ser perpendicular à superfície.

4°) Aplicar um filme
uniforme e contínuo evitando escorrimento ou formação de rugas, principalmente
quando tratar-se de superfícies verticais.
5°) Manter sempre em
ordem todo equipamento em uso na seção de pintura.
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